Será que a era dos grandes gênios ficou para trás? Dos grandes autores? Dos admiráveis artistas? Daquelas mentes brilhantes que causavam espanto, admiração, revolução e transformação? E digo isso porque parece que temos carecido de pessoas que, com sagacidade, ousadia e inteligência, inspirem reflexões e mudanças de paradigma. Pelo contrário. Parece que temos nos fartado de pessoas que, com superficialidades e duvidosos posicionamentos, causam apenas dissensões, enganos e influenciam as pessoas a caminhos tortuosos. Não necessariamente num sentido moral. Mas na forma como levam as próprias vidas e fazem suas escolhas – quantos que, sob a influência de tais “seres pensantes” , acabaram endividados por conta de jogos traiçoeiros? É por isso que surge em mim essa dúvida, a de que, talvez, estejamos órfãos de verdadeiros sábios. Mas vejam só o paradoxo! Temos tantos recursos disponíveis às nossas mãos, ferramentas que, se existissem em tempos mais remotos, teriam servido – ...
Liberdade, escolha, responsabilidade . Eis os componentes do que podemos chamar de tripé existencial . Isso porque somos seres livres. Sartre já dizia que estamos condenados à liberdade. Mas o que é liberdade? Alguns pensam que é fazer o que se quer no momento em que se quer. O que é uma definição bastante sedutora. Imagine, só, ser livre para simplesmente acordar em um belo dia e decidir que a partir daquele momento não se irá nunca mais trabalhar! Não que não possamos ter essa liberdade de escolha. Podemos. Mas não é disso que a liberdade se trata. A liberdade está atrelada à nossa capacidade e ao nosso direito de escolher dentro das possibilidades que a nós se apresentam . Logo, em um sentido mais aprofundado, saindo do senso comum, liberdade não é algo banal ou corriqueiro como fazer o que se quer. Liberdade é fazer o que se pode fazer. Liberdade é escolher o que se pode escolher levando em consideração o campo no qual existimos, os recursos que possuímos, as limitações que e...