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[Reflexão] O desejo de seu coração

 


Às vezes nos pegamos sem saber o que dizer quando nos perguntam o que queremos para as nossas vidas ou como nos imaginamos daqui a cinco ou dez anos. Não que devamos ficar idealizando o futuro obcecadamente, pois isso gera ansiedade. Mas quando temos clareza de nossas necessidades e de nossas inclinações, essa resposta não fica tão difícil assim, isso porque temos alguma lucidez em relação aos caminhos que queremos seguir. No entanto, quando o autoconhecimento nos falta, ficamos sem uma clara resposta por nos encontramos desconectados de nossas verdades – nem mesmo sabemos quais são. Acostumados a caminhar pelos caminhos que trilharam a nós, ficamos confusos quando devemos esquadrinhar o nosso próprio destino.

 

“Alguns dizem que não sabem o que estão procurando na vida. Isso pode ser porque, em vez de se conectarem com os próprios sentimentos, levam a vida de acordo com as expectativas de outras pessoas. Viva a vida não para satisfazer os outros, mas para realizar o que seu próprio coração deseja” (Haemin Sunim)

 

Essa é uma grande verdade. Precisamos deixar de lado a responsabilidade por projetos, sonhos e fantasias que não nos pertencem. E não nos pertencem porque não partiram de nós, de nosso interior, da nossa alma. Ao contrário. Foram a nós direcionados e postulados sem que nossa opinião fosse consultada. É bem verdade que sentimos medo ao contestar tais caminhos. Isso porque a contestação nos fará expressar que somos diferentes daquilo que enxergam e não iremos atender aos sonhos que tiveram. A contestação nos fará assumir a nossa verdade não apenas a nós, mas aos outros também. Mas é necessário. É necessário se quisermos ter resposta para o que estamos procurando na vida.

 


Antes, reflita e repense. Assumir nossa verdade, assumir nossa autenticidade, é desafiador. E pode até mesmo nos causar algum tipo de sofrimento. Por isso é tão importante que tenhamos consciência das nossas possibilidades e clareza quanto a sermos ou não capazes de sustentar aquilo que viermos a escolher. Porque se não formos, então ainda não é o momento. Só de estarmos reflexivos e questionadores sobre a nossa verdade já é um grande e significativo passo, já mostra que deixamos a posição de conformados e submissos. O próximo passo é mais ousado e transformador. E só podemos dá-lo quando tivermos clareza de que, apesar das dores, conseguiremos passar para o outro lado mais fortes e mais realizados: sendo quem somos, encontrando o que verdadeiramente queremos, indiferentes ao que pensam sobre nós.

 (Texto de Amilton Júnior - @c.d.vida)

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