Nos últimos
tempos as emoções têm ganhado espaço no nosso meio. Livros e mais livros sobre inteligência emocional
têm sido escritos. Diversas pessoas, nos mais variados podcasts, falam sobre o
quanto é importante que cuidemos de nossas emoções. E sempre voltamos ao mesmo
ponto: sobre a permissão para que tais emoções sejam expressas, para que os
nossos sentimentos sejam revelados ao mundo. O que é um bom sinal. Temos avançado na discussão e chegado à
conclusão de que seres humanos se emocionam, seres humanos possuem sentimentos,
seres humanos sorriem, choram, dão risadas e passam por momentos de raiva.
As emoções e suas manifestações não estão reclusas a determinado gênero, temos
discutido. Hoje compreendemos e aceitamos que todas as pessoas, independente de
quem elas sejam, são afetadas por emoções e podem expressá-las.
Eu sei... Nem todo mundo pensa exatamente isso...
Mas é inegável que a discussão avançou.
E a discussão
avançou tanto que hoje é quase imperativo que você diga como se sente, que você
não esconda o que guarda no coração, que você permita que as pessoas saibam o
que é que você nutre por elas.
Hoje, falar de emoções e expô-las ao público, é quase uma regra. No entanto, o problema é que tem surgido formas de
como essas emoções precisam ser expressadas, o que ignora o fato de que o ser
humano, dono de sua singularidade, tem uma maneira, um modo confortável a si de
colocar para fora aquilo que sente. Não é algo que deva ser padronizado ou
normalizado no sentido de que todos devem fazer de determinada maneira. Expressar emoções é importante, eu
concordo, pois, repetindo o pensamento de Clarice Lispector, as palavras que
não dizemos podem nos sufocar. No entanto, determinar que jeito é esse é um
equívoco que, ao invés de ajudar, provoca o efeito contrário.
Pode até ser um paradoxo. Mas o fato é que quanto
mais se exige que as pessoas exponham o que sentem de determinado modo, mais
elas se sentem incapazes de compartilhar o que cultivam em seus corações, pois,
nem sempre aquela é a forma como se sentem seguras e confiantes para darem ao
mundo acesso a algo tão pessoal e particular.
Qual é o seu
modo de expressar o que carrega consigo? Qual é a sua maneira de dizer, por
exemplo, o quanto ama os seus filhos? Qual é o seu jeito de demonstrar que a
sua esposa ou o seu esposo é a pessoa mais importante da sua vida? Qual é a
maneira que você encontrou de colocar para fora o incômodo que o angustia? Não estou aqui para passar uma receita. Estou aqui
para convidá-lo a uma viagem interior: conheça-se
e reconheça-se, compreenda o que sente, e, então, encontre a sua maneira de
expressar as emoções que o preenchem.
Isto é, se você o quiser.
Porque as pessoas também podem escolher não demonstrar aquilo que sentem e isso deve ser respeitado. É claro que se o sujeito possui uma dificuldade muito grande de entrar em contato com as suas emoções e externalizá-las, passando por algum tipo de sofrimento ou impedimento, então ele deve ser auxiliado em seu processo de desbloqueio. Mas não nos esqueçamos que as pessoas são singulares. E elas têm o direito de, caso queiram, guardar para si aquilo que lhes é tão intimamente sagrado. O importante é que saibamos reconhecer o que estamos sentindo. E que possamos estabelecer um bom e harmonioso convívio com nossos sentimentos. Quanto a colocá-los para fora, que o façamos com sabedoria e conforto: do nosso jeito único e singular, não da maneira desconfortável e impositiva que determinam por aí.
(Texto de Amilton Júnior - @c.d.vida)
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O vídeo desta semana no canal Coisas da Vida falou sobre críticas e como, em muitos casos, elas são totalmente equivocadas a respeito de quem somos. Convido você a conferir algo mesmo!
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