Costumamos viver
limitados. E, então, passamos a acreditar que a vida é por si só limitada. O que não é verdade. A vida é rica. E é preenchida
por múltiplas e inúmeras possibilidades. Nós
que não as vemos. Ou, mesmo que vendo, somos nós que não nos permitimos o
que nela há para ser vivido. Limitamos nossa visão, tornamos curto o nosso
horizonte e não ousamos sair do costumeiro roteiro para sermos surpreendidos
pelo que pode haver na outra esquina. Somos
nós que, nos privando de viver, acabamos enganando a nós mesmos cultivando a
sensação de que não há tanto para ser vivido.
“A vida é uma delícia, a gente é que vive de dieta”
(Rachel de Carvalho)
Quando fazemos uma dieta normalmente é porque temos
algum objetivo. Talvez queiramos ganhar massa magra, talvez queiramos perder
calorias, ou ainda podemos ter traçado um hábito alimentar mais saudável. Independente da motivação, quando entramos
em alguma dieta acabamos sendo privados de muitas opções alimentares. O que
é compreensível. Não adianta manter uma alimentação rica em gordura se a sua
intenção é perder peso, assim como não se pode abusar do sal se o objetivo é
controlar a pressão. Então esses limites, além de compreensíveis, são
necessários para o destino ao qual queremos chegar.
Mas quando vamos
para a vida de maneira mais ampla não faz sentido algum nos impulsionarmos a
alguma rígida dieta. E ficamos de
dieta quando não arriscamos novas paisagens, quando não deixamos aquele lugar
que se tornou desconfortável, mas que, pelo medo do desconhecido, insistimos em
nele permanecer. Ficamos de dieta quando nos privamos de sermos mais afetivos e
mais afetuosos com aqueles que queremos. Ficamos de dieta quando escondemos
nosso sorriso naquele momento no qual gostaríamos de gargalhar. Ficamos de
dieta quando a nossa música favorita começa a tocar no meio do shopping e, por
vergonha, por aquela aprisionadora preocupação com o que é que vão pensar de
nós, não nos permitimos a dançar com nossa filha pequenina que, conhecendo
nossos gostos, começa a se agitar.
Ficamos de dieta quando não nos permitimos a viver
livre e abertamente.
A única dieta aceitável quando o assunto é a
existência é aquela que nos priva de vícios e distrações, é aquela que nos
poupa de aceitarmos coisas que nos ofendem, que nos abalam, que nos machucam. A única dieta aceitável é aquela que nos
poupa de vivermos uma vida sem sentido. A dieta que não nos entrega ao
superficial e ao raso. A dieta que nos faz questionar sobre a qualidade de
nossas relações. A dieta que nos faz pensar constantemente se o que fazemos é o
que realmente queremos ou se apenas o estamos fazendo por hábito ou
determinação.
A única dieta aceitável é aquela que nos permite
olhar para a vida de forma crítica e racional.
É aquela que nos faz buscar pela vida que realmente
queremos viver.
Saboreie a
existência por inteiro. Não fique na
colherzinha. Nem apenas na degustação. Encha o prato. E se delicie com aquele
banquete. Lambuze-se de felicidade e autenticidade. Tome um drinque de
humildade e honestidade. Dê mordidas fartas naquele suculento lanche de
criatividade e curiosidade. Não dispense a sobremesa de amor e acolhimento. Nem
rejeite o suco de compreensão e aceitação. Prove
da existência. Alimente-se de vida. Sem medo de ganhar uns quilinhos de
propósito e sentido!
(Texto de Amilton Júnior - @c.d.vida)
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