Certa
vez, uma menina, quase adolescente, encontrou um espelho quebrado no chão. Tentou
ver o próprio rosto, mas só conseguia contemplar partes distorcidas. Correu para
a mãe e reclamou: “Estou feia! Olha só como estou estranha!”. A mãe, então, com
seu sorriso paciente, pegou outro espelho e disse: “Você não está vendo a
verdade, apenas um reflexo fragmentado. O problema não está em você, mas no
espelho que escolheu para se ver”.
A
depender de como nos vemos ou de como somos vistos, podemos acabar criando
imagens distorcidas a nosso respeito. Ou passamos a
acreditar que somos bons demais, imbatíveis, e, assim, perdemos a sobriedade da
humildade, ou adotamos como verdadeira a ilusão de que não temos qualidades,
possuímos apenas defeitos e que jamais seremos bons o bastante. O fato é que,
por vezes, acabamos nos reduzindo a um recorte, enquanto que somos toda uma
completude de experiências e características e, portanto, é necessário que nos
vejamos por inteiro!
Também
é comum que adotemos como certa a visão que possuem sobre nós. Principalmente quando
são visões construídas por pessoas que, de algum modo, admiramos e nas quais
buscamos nos apoiar. Ou mesmo pessoas com algum tipo de influência, que
participam de nossas vidas e cujas palavras têm um peso próprio. Quantos que,
vivendo em relações desgastantes, nas quais são diminuídos e questionados em
suas capacidades e potencialidades, acabam definhando, minguando, até
desaparecerem? O mundo externo consegue ver, consegue enxergar, mas aquela
pessoa está tão focada em um espelho quebrado, incapaz de “ousar” olhar para
outros espelhos, que passa a se sentir insuficiente, desagradável, sem a chance
de se encantar com a própria singular existência!
É
importante que nos atentemos a isso. Para quais espelhos temos olhado?
Àqueles que apenas nos bajulam, àqueles que apenas nos inferiorizam ou àqueles
que, de maneira justa, confrontam-nos com nossas mazelas, mas também nos
confortam com as nossas destrezas? Somos muito mais do que uma maneira
fragmentada de nos olhar. Somos imperfeitos, sim. Mas somos, em nossa forma
e nossa medida, bons o bastante para uma vida autêntica e feliz. Apenas se olhe
da maneira certa!
(Texto
de Amilton Júnior - @c.d.vida)
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