Eu acho ódio uma palavra um tanto forte demais. Mas
o fato é que em relação a algumas pessoas tudo o que conseguimos sentir é tal
sentimento. Também desprezo, falta de simpatia, aquele desejo por não as termos
em nossas vidas. O que, por vezes, é impossível. Porque essas pessoas talvez
estejam em nosso trabalho, todos os dias. Ou dividindo a mesma sala de aula que
nós. Ou, então, possuem o nosso sangue, fazem parte da nossa família. Então os
encontros se fazem inevitáveis. E as convivências às vezes são uma obrigação. E
tudo bem. Às vezes são pessoas que nos feriram de alguma forma, que nos
machucaram, que causaram em nós sofrimentos profundos. Então não dá para
simplesmente nos esquecermos de suas ações e as amarmos incondicionalmente. Mas também não precisamos mantê-las em
nossos corações. Porque é o que fazemos quando decidimos odiar intimamente.
Nós as mantemos em nossas vidas e não é no sentido superficial, porque
precisamos compartilhar o mesmo ônibus ou passar aquele tempo juntos no
elevador. Mas porque as levamos ao nosso âmago, lugar que deveria estar
reservado apenas para aqueles que despertam em nós os mais nobres e singelos
dos sentimentos.
“Será que a pessoa que você odeia merece ser
carregada por aí em seu interior? Guarde em seu coração apenas aquelas que você
ama. Se carregar por aí as pessoas que odeia, isso vai lhe causar apenas
angústia e depressão” (Haemin Sunim)
Eu sei... Talvez seja a sugestão pela busca de um
estado de espírito um tanto elevado. Mas, pense um pouco. Não é um caminho
melhor? Não é melhor do que investirmos nosso tempo e energia em alguém que,
infelizmente, nada agrega à nossa vida? Porque
quando ficamos ruminando sobre elas e suas ações – ou seja, quando as levamos
para o coração –, ficamos tensos, raivosos, irados, experimentando daquele
interminável sentimento de injustiça, sofrendo por um tempo maior do que o
necessário. Talvez a pessoa nem se lembre de nós e do que nos fez, mas nós, submersos em todo aquele ódio e
rancor, não nos libertamos dela. Aí vem o enfado. Aí vem a angústia e a
depressão.
Nem todos serão amados por você, como nem você será
amado por todos. E não há problema nisso. Precisamos respeitar a existência de
todos os seres, é claro. Mas amar é algo elevado demais para que dispensemos a
todas as pessoas. Não conseguiríamos,
penso comigo. Portanto, que amemos a
quem pudermos amar. E que sejamos amados por quem puder nos amar. Que
coloquemos no coração aqueles que o tornarão mais leve e tranquilo e não
aqueles que o deixarão pesado e amargurado. Que nos purifiquemos
constantemente!
(Texto de Amilton Júnior - @c.d.vida)
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