Tinha um menino que, ao ligar em lanchonetes ou
pastelarias, encomendava sempre o mesmo lanche e o mesmo pastel. Foi assim que
ele foi ensinado. Apresentaram-lhe o “hot
special” e o “pastel de queijo”
como as opções possíveis. E ele passou a
acreditar que aquelas eram as únicas disponíveis. Nem arriscava ver quais
eram as outras opções. Era mais fácil e mais seguro pedir sempre o
mesmo. Mas a mesmice, você deve saber, uma hora entedia e enjoa. E
aquilo que parecia tão saboroso, delicioso e gostoso perde o seu encanto. Um
dia, porém, em seu próprio ato de rebeldia, o menino decidiu que seria uma boa
ideia passar os olhos pelas outras opções do cardápio. E, assim, ele descobriu
que haviam outros lanches interessantes, como o x-burger, o egg-salada e o
americano, alvo de sua escolha. E com o pastel aconteceu a mesma coisa. Depois
de ter descoberto que existiam outras saborosas opções de lanche, ele decidiu
arriscar outro sabor de pastel e, então, optou pelo de pizza que, em sua
concepção, se tornou o seu favorito. E, assim, o seu repertório se ampliou, ele
começou a se familiarizar com as dezenas de opções inscritas no cardápio e,
assim, aumentou as suas possibilidades de existência.
Essa, é claro, não é apenas uma conversa sobre
lanches ou pastéis, embora falar apenas sobre isso já fosse deliciosamente
inspirador. Essa é uma conversa sobre a
vida.
Você abre e analisa o cardápio da vida? Ou será que fica sempre nas mesmas entediantes
opções? Não que tenha problema em gostarmos de nossos hábitos, claro que não. O problema é que grande parte de nós não
arrisca o diferente por medo, por receio e sempre recua na hora de experimentar
novos sabores, na hora de ouvir novas músicas, na hora de se aventurar em novas
trilhas. Há o desejo, há a vontade, e há o tédio por estar sempre naquela
repetição de costumes desatualizados, mas também há o medo, há a privação, há a
incerteza. E as possibilidades existenciais acabam reduzidas entre lanche de
salsicha e pastel de queijo, enquanto que a vida oferece lanches de
hambúrgueres e ovos e pastéis de frango e carne.
Questione-se sobre a forma como você tem
experimentado e saboreado a vida. Você pode ter suas preferências, como
qualquer um de nós. Mas não se prive de experimentar o novo por acreditar que é
arriscado, que é errado, que é abominável. Porque não é. “Errado” é ter nas mãos um cardápio tão vasto e nem mesmo consultá-lo
por completo, ficando sempre na mesma opção. “Errado” é não se permitir trocar
um pouquinho de janela para conhecer a vastidão do mundo. Mesmo que depois
você volte ao costumeiro “hot special”
ou continue acreditando que o pastel de queijo é o melhor. Não há problema. Ao
menos você conheceu outras opções e, assim, teve a oportunidade de assimilar o
que lhe faz ou não sentido.
Mas detalhe. Como ouvi na minha terapia, não vá
experimentar o pastel de brócolis esperando pelo mesmo prazer do pastel de
pizza. São coisas diferentes, com potenciais diferentes. Esteja, sim, aberto à novidade e ao que ela pode lhe oferecer. Sem
expectativas ou idealizações. Apenas receptivo às delícias da vida!
(Texto de Amilton Júnior – @c.d.vida)
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