Recentemente estava navegando pelas redes sociais
quando me deparei com um convite: “seja
luz no dia escuro de alguém”. Um convite sutil, ao mesmo tempo em que
extraordinário. Isso porque nos leva a pensar em muitas possibilidades. Dentre
elas, a de que podemos ser um auxílio, um apoio ou até um guia para alguém que
se encontra em profunda escuridão. A escuridão pode significar tantas coisas...
Desde uma depressão avassaladora, até uma ansiedade incômoda, passando por
sentimentos de exclusão e isolamento que muitos experimentam por simplesmente
serem quem são e lutarem pelo direito de viver a vida como lhes faz sentido. Não nos damos conta, mas o fato é que há
muitos por aí necessitados de uma luz, por menor que seja, que os ajude a
enxergar que a vida tem sim suas belezas e seus encantos, tem sim seus muitos
caminhos e suas inúmeras possibilidades! Imagine, só, se conseguirmos ser
luz? Penso que nos tornaremos inesquecíveis àqueles que, fragilizados e
assustados, encontrarão em nós forças e se tornarão encorajados.
No entanto, para que isso aconteça, para que
verdadeiramente sejamos luz na vida de alguém, é necessário que tenhamos sensibilidade ao tocar alguma alma humana.
Só que esse toque deve ser despretensioso, livre de qualquer julgamento e
totalmente aberto para ver o outro e apenas o outro: sem nossas distorções ou
idealizações sobre quem ele deveria ser, aceitando-o da forma como ele é. É um
desafio, eu sei. Isso porque temos muitos preconceitos e muitas opiniões
predeterminadas sobre a vida. Mas, se
quisermos realmente acolher o abatido, servir de abrigo ao excluído e mostrar
ao ignorado que por nós ele é visto, precisaremos nos desvestir de nossas
roupagens, isso porque elas servem a nós, mas podem não servir ao outro e,
se tentarmos impô-las, seremos apenas mais um a intensificar a escuridão da
incompreensão e da falta de cuidado para com a sua existência.
O convite, portanto, para ser aceito em sua
totalidade, requer de nós disponibilidade para reconhecermos a humanidade que
há naquele que em muito difere de nós. Não rejeite, nem repudie. Não olhe para
quem é diferente de você com olhos de nojo ou repulsa. Não faça assim. Ao
contrário. Seja diferente. Seja luz. E ofereça aquilo que ele não está
acostumado. Tudo bem não saber tudo, e tudo bem não entender porque as pessoas
são como são. Mas que tal se permitir a entendê-las por elas mesmas? Permita
que lhe contem quem são. Permita que lhe mostrem como vivem. Permita que a
singularidade do outro se encontre com a sua singularidade. Você pode iluminar o abatido e pode acabar
iluminado pelo rejeitado. E pode entender o quanto somos ignorantes ao
tratarmos de forma cruel quem não pensa como nós. Talvez esteja no diferente o
alívio para alguma dor que por tanto tempo sofremos!
(Texto de Amilton Júnior - @c.d.vida)
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