“Certa
vez um sábio oriental presenteou o imperador com um livro que tinha apenas duas
páginas.
—
No momento mais triste da sua vida, leia a primeira página — instruiu ele. — No
momento mais feliz, leia a segunda. O presente terá atingido seu objetivo.
Anos
depois um desastre abateu-se sobre o reino e o imperador lembrou-se do livro.
Na primeira página, somente uma frase curta:
‘Isso
vai passar’.
Com
o espírito renovado, ele convocou seus conselheiros, pediu o apoio do povo e as
dificuldades foram superadas, ao custo de muito trabalho e esforço.
Mais
tarde, o reino entrou num período de abundâncias e glórias. O imperador
lembrou-se novamente do livro e foi direto à segunda página. Nela, uma frase
curta:
‘Isso
também vai passar’”.
Essa
antiga história, que conta com diferentes versões, ajuda-nos a pensar sobre a
maior verdade da vida: a de que tudo é passageiro, se transforma, tem o seu
tempo de acontecer. Somos avisados disso a todo instante, basta que nos
tornemos conscientes daquilo que à nossa volta acontece. As flores se
renovam, as crianças crescem, as pessoas envelhecem, o café esfria... Nada
dura para sempre. Nada será eternamente como um dia foi. Embora
avisados, no entanto, nem sempre nos atentamos à mensagem da vida. E, assim,
vivemos de duas formas: ou atormentados ou excessivamente despreocupados.
Atormentamo-nos
quando, diante de algum sofrimento, acreditamos que a ele estaremos condenados
para sempre. O que não é verdade. O sofrimento passa, finda, se vai.
Acontece que temos algo a fazer. Note que, na história, após ler a grande
verdade da vida, o imperador não ficou de braços cruzados esperando em inércia
pela transformação ou apegado ao infortúnio. Pelo contrário. Exatamente por
saber que aquilo iria passar, ele se encheu de inspiração, reuniu aqueles a
cujo conselho confiava e transmitiu ao seu povo a necessidade de algum esforço.
A esperança de que aquele sofrimento terminaria foi a motivação para o
empenho na vida. E, como previsto, a dor terminou, cedeu lugar à bonança e à
colheita.
Sua
dor passará. Tenha certeza disso. Apenas não se acomode nessa certeza. Que ela
lhe sirva de esperança. O que você pode fazer, só por hoje, em direção ao
alívio de seu desconforto? Não queira findá-lo hoje. Resolvê-lo
imediatamente. Não tenha pressa nem afobação. Concentre-se no agora. E faça
aquilo que no seu presente lhe for possível.
Apenas
não se esqueça de que tudo na vida é passageiro. E mesmo os momentos de paz,
tranquilidade, fartura, também chegarão ao fim. Não se acomode com o
sossego. Mas também não fique num constante e opressor alerta, mal conseguindo
desfrutar da paz pelo medo de saber que ela acabará. Aproveite o momento
presente. Entregue-se a ele. Seja refrigerado pelo gargalhar dos seus amigos,
pelo “eu te amo” do seu filho, pelo desfrute da suave brisa naquele fim de
tarde de primavera... Encha-se de coisas boas. Fortaleça-se. Nutra a sua
alma. Para que, quando os dias de sofrimento retornarem, a esperança nos dias
sublimes lhe conceda força para enfrentar as adversidades da existência.
Jamais
se esqueça.
Tudo
passará.
Você
também...
(Texto de Amilton Júnior - @c.d.vida)
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